terça-feira, 30 de novembro de 2010


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Eu preciso desse tempo sozinha. Preciso desse tempo distante dos problemas, de todas as obrigações, de todas as exigências impostas pela sociedade. Não é que eu esteja fugindo ou desistindo. Simplesmente preciso de um tempo para descansar. Um tempo para canalisar a bagunça da vida e colocá-la num filtro. Um tempo para lembrar que eu não sou apenas esse corpo, um tempo para lembrar que eu não tenho apenas sentimentos felizes, um tempo para lembrar que eu não sou um maldito robô. Preciso de um tempo para fazer o que eu quiser, sem razão ou necessidade alguma. Preciso de um tempo para fazer o inútil, para ser o inútil. Preciso de um tempo para respirar. Respirar de verdade. Sentir o ar que faz parte de mim por um momento, e que logo se vai, para que novos ares venham. Preciso de um tempo para sonhar. Achos que todos precisam, na verdade. Parar um pouco com a correria do dia a dia e ter as suas próprias idéias, as suas próprias vontades, as suas próprias emoções, sem que nada ou ninguém as tenha imposto. Se isso for possível, o alívio na alma será tão grande que até o corpo se sentirá relaxado.

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