sexta-feira, 19 de novembro de 2010


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Essa é a diferença que você simplesmente não enxerga ou prefere ignorar. Eu te amo. E você sabe o quanto, ou pelo menos tem uma idéia. É só olhar pra trás e ver tudo que eu sempre fiz por ti. Ou então olha pro lado, e essa vai ser a primeira coisa que você vai ver nos meus olhos. Mas ao mesmo tempo que isso é tudo, é nada. Eu te amo, mas já não posso mais me submeter à dor, ao sofrimento de ver o que sempre me fez feliz, me machucar. É a pior dor que eu já senti. É como ver um dia lindo virar uma noite sombria, de uma hora pra outra. E dói. Dói porque meus olhos estão ardendo por causa da luz que agora já não mais existe. Dói porque a minha pele ainda queima por causa do sol que agora eu já não posso mais encontrar. Dói porque agora, onde tudo é noite, onde tudo é sombrio, eu me sinto sozinha. E eu odeio ficar sozinha no escuro. Eu já não posso mais enxergar nada, a cada passo a minha incerteza aumenta. A minha incerteza, de não saber em que eu vou pisar, ou no que vou esbarrar. E eu prefiro dar as costas pro escuro, mesmo que as vezes algumas estrelas apareçam. Eu prefiro me arriscar em algum túnel que possa ser sem saída, mas que talvez eu encontre a luz de novo. Literalmente, a luz no fim do túnel. E quando eu encontrar a saída, quero deixar tudo pra trás. Quero que meus olhos estejam recuperados pra sentir a luz de novo, que a minha pele esteja macia pra receber o sol mais uma vez. Eu quero tudo de novo. Quero sentir. Sentir só por mim mesma, por mais ninguém.



L.M.

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